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Com Everton Ribeiro e maior compra do Nordeste, Bahia muda patamar com mercado agressivo

GE 04-01-2024 Esportes

Há cerca de um ano o Grupo City assumiu a gestão do futebol do Bahia. O tempo pode ser pouco para colher resultados em campo, mas já é o suficiente para o clube mostrar força no mercado de transferências. Esse foi o recado passado pelo Tricolor com as contratações de Everton Ribeiro e Jean Lucas. E deve vir mais por aí.

Bahia assinou com Everton Ribeiro em fim de contrato, mas abriu os cofres para vencer a concorrência de outros clubes interessados no meio-campista. Inclusive o próprio Flamengo, que ofereceu ao camisa sete uma renovação de vínculo.

A oferta do Bahia, com dois anos de contrato, ganho salarial e possibilidade de renovação automática por mais um, foi a mais atrativa para o jogador, que aceitou o desafio de desembarcar em Salvador para o "ano um" do projeto sob a gestão do Grupo City. Tudo isso além do projeto voltado para a aposentadoria do meia.

O outro reforço já confirmado para 2024 é Jean Lucas, ex-Santos. O Bahia pagou R$ 24, 2 milhões para tirar do Peixe o meio-campista de 25 anos. O Internacional também tinha interesse no jogador, mas levou a pior na disputa com o Esquadrão.

A compra de Jean Lucas é a mais cara da história do futebol do Nordeste. A lista, por sinal, é dominada por contratações feitas pelo Tricolor após a venda da SAF ao Grupo City.

 Maiores compras do futebol nordestino:

  1. Jean Lucas (Bahia): R$ 24, 2 milhões
  2. Moisés (Fortaleza): R$ 18,4 milhões
  3. Jhoanner Chávez (Bahia): R$ 18 milhões
  4. Cauly (Bahia): R$ 13,8 milhões
  5. Gilberto (Bahia): R$ 13,5 milhões

Moisés, recém-contratado pelo Fortaleza, é o único "intruso" na lista dominada pelo Bahia. Os outros tricolores na lista são Jhoanner Chávez, Cauly e Gilberto, todos jogadores que chegaram ao clube em 2023, no "ano zero" do projeto do Grupo City.

Antes da chegada do conglomerado, o Tricolor sequer aparecia no top-3 em maiores aquisições no futebol nordestino, segundo levantamento feito pelo blog do Cassio Zirpoli.

E atuação sobre o próprio elenco

O Tricolor também mudou a forma que lida com o próprio elenco. Esqueça qualquer facilidade para saídas dos seus destaques. No final de 2023, o meia Cauly, principal jogador da equipe, foi alvo do poderoso Palmeiras. A equipe baiana, porém, fez jogo duro e segurou o seu jogador.

Próximos passos

Depois de vencer duelos com Flamengo e Internacional, a próxima vítima da agressividade do Bahia pode ser o São Paulo. Os paulistas ganharam a concorrência do Esquadrão na disputa por Ferreirinha, do Grêmio.

O trunfo do Bahia na negociação é justamente o fator financeiro, uma vez que o Grêmio, que tem contrato com o atacante até dezembro de 2024, não facilita a negociação e exige um bom investimento para quem quiser levar o atleta.

Investimento do Grupo City

A lista de maiores compras da história do Bahia tem sido constantemente atualizada desde a venda da SAF do Esquadrão ao Grupo City. No começo de 2023, por exemplo, o líder do ranking era Biel, mas os R$ 10,5 milhões investidos no atacante agora sequer são suficientes para colocar ele no Top-5.

Maiores compras da história do Bahia:

  1. Jean Lucas: R$ 24, 2 milhões
  2. Jhoanner Chávez: R$ 18 milhões
  3. Cauly: R$ 13,8 milhões
  4. Gilberto: R$ 13,5 milhões
  5. Rafael Ratão: R$ 13,3 milhões

E a tendência é que o Tricolor volte a movimentar a lista. Na proposta de compra da SAF do Bahia, o Grupo City se comprometeu a aportar R$ 1 bilhão em até 15 anos. O dinheiro se divide em três finalidades, e uma delas é justamente a contratação de jogadores.

  • Mínimo de R$ 500 milhões para a compra de jogadores;
  • R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas;
  • R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros - único item não obrigatório.

Em relação aos R$ 500 milhões na compra de novos jogadores, o City não divulgou como pretende fazer a divisão do investimento. Desde janeiro de 2023, mais de 1/5 do valor já foi alcançado.